Minhas mais longínquas lembranças remetem-me a uma criança desajeitada, magrela e falastrona, sempre tentando se esconder, cheia de "por quês" constrangedores e com uma visão de mundo bastante dramática. Essencialmente, pouca coisa mudou, talvez, só a franqueza tenha se tornado um pouco mais ácida e as relações um pouco mais estreitas. Bem, alguém de relações estreitas precisa relacionar-se amplamente com alguém ou com alguma coisa, então, todas as minhas escolhas, mesmo as que pareciam percorrer pelos mais exatos e céticos caminhos, levaram-me a ela, à minha arte, e digo minha porque a experiência era individual, não imaginava que pudesse ser diferente. Mas creio que tudo começa mais ou menos assim, somos um antes de nos tornarmos mais, e tantos mais mostraram-me tantas coisas...
Acredito que todas as experiências de nossas vidas contribuem para a constituição do que somos e do que podemos nos tornar, e paradoxalmente estou aqui, partilhando o que tenho de mais profundo, meu universo reflexo. Mas ainda sou uma criança desajeitada, magrela e falastrona que tenta se esconder, uma borboletinha, que para florescer, vê-se obrigada a rasgar seu casulo e voar.
Oi Amor,
ResponderExcluirComo disse o post está incrível, poético e sensível, com aquela ingenuidade gostosa sem as maldades decorrentes do amadurecimento.
Beijos
Somos sempre crianças magricelas correndo na chuva... kkkk
ResponderExcluirta lindo erica, parabens - seguindo
Oi garotos,
ResponderExcluirObrigada pelo incentivo. Vem mais por aí!
Beijos