Poema: Bom dia, poetas velhos
Autor: Paulo Leminski
Ano: 1983
“Bom dia, poetas velhos.
Me deixem na boca
o gosto de versos
mais fortes que não farei.
Dia vai vir que os saiba
tão bem que vos cite
como quem tê-los
um tanto feito também,
acredite.”
Consistente e intenso, o poema nos imprime e reimprime a experiência da fruição estética tanto ao tratá-la, quanto ao provocá-la.
Versa sobre a experimentação artística de obra aberta, que até mesmo sendo fruto de poetas velhos, é transcendental, a ponto de quando manifestada, se reestabelecer, se reinventar.
Aqui, fruir é tomar posse, é desfrutar do prazer de impregnar-se da arte que nos concede o poder criador de sempre conceber o novo.
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